quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Um estranho

EUA, Orlando
Dia 19/09/2010

Shopping OUTLET Premium
Era um calor danado. Ela usava meia calça preta e bota. Já estava esgotada da viagem e ainda mais de passar a tarde toda andando.
Então a garota e sua tia acharam uma loja de calças jeans. Entraram lá, pois a tia queria ver roupas para ela.
A garota como não queria nada, ficou apenas lá, parada, com aquele olhar meio desfocado, sem pensar em nada.
A tia foi no provador, chamou a garota para ver a roupa como tinha ficado. Mas neste exato momento a garota viu ele.
Um cara normal. Uns 17 anos, loiro, olhos castanhos, alto, sorriso meigo, americano.
Ele deu um sorriso. Simpático. A garota devolveu outro.
Ele estava cuidando dos provadores.
Sem querer ficar olhando muito para o garoto, a menina falou com a tia sobre a roupa, até que esta voltasse ao provador.
"So... you guys are not from here... where are you from?" disse ele, ou algo assim.
Um minuto para pensar. Ele falou comigo, pensa!
Ela respondeu. E com isso começou a conversar com ele. Algumas dificuldades para entender. Provavelmente porque ela estava meio nervosa de falar realmente pela primeira vez com um cara totalmente americano, que não sabia nada de português.

O assunto apesar de super engraçado por causa das falhas de comunicação estava bom, até a garota perceber que a tia havia saido do provador e estava indo embora.
Ah não, quero continuar aqui falando com ele, a garota pensou. Mas nem tudo na vida é como queremos.
"Bem, então... volte aí um dia! E aproveite!". É, realmente ela adoraria voltar um dia!


Com isso a garota acabou pensando: e o nome dele? Oh não, eu não perguntei. Que tristeza!
Agora só o que restava eram as lembranças daquele cara loiro e super simpático. A primeira grande conversa no exterior.
Nunca mais ela verá ele. É provável que ele nem se lembre dela. Mas ela não esqueceu ele.


Então minha 'mensagem' é: conheça pessoas e pergunte o nome delas. Não tem problema nenhum nisso!

Eu sei que talvez um dia eu esqueça ele, mas agora não. Hoje me lembro dele. Talvez se eu visse na rua não reconheceria, mas ao menos me lembro dele.




Pena que é só um estranho.

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e ae ;)